A ignorância, para a via geral de conversa, é algo depreciativo. Não ter conhecimento sobre isso ou aquilo não é bem aceito. No entanto, pensando bem ela às vezes é algo benéfico visto que certas situações é melhor não saber. Dando força ao clichê e concordando profundamente: " o que os olhos não vêem, o coração não sente". Se é assim, é melhor não saber!
Saber detalhes extras de um passado, por exemplo. Isso só vai fazer com que uma história imutável seja remexida e muitas vezes, piorada. Então, melhor não saber.
Saber quem relacionava anteriormente com o seu parceiro gera comparações ilógicas com essa pessoa. Como comparar pessoas tão complexas? Não tem como, cada pessoa é um conjunto de peculiaridades, de crenças, histórias, experiências e tem uma beleza que é só dela. Tentar fazer isso, consequentemente, gera insegurança. Ficar sabendo é travar uma guerra com seu cérebro e vê-lo vencer batalha após batalha ao trazer à tona um nome, uma roupa, uma característica, um curso, uma palavra, etc. É vê-lo incessantemente trazer pensamentos indesejados e remoer coisas que 1 segundo atrás você se proibiu de pensar. É servir como seu próprio inimigo. Então, melhor não saber!
Saber como anda a vida de uma pessoa que resolveu seguir sem você. Apesar de desejarmos a felicidade, o bem acima de tudo desse ser, ainda assim é melhor não saber.
Saber um segredo e não poder fazer nada diante de alguma situação. Sentir-se tão impotente não é de Deus! Então, melhor não saber.
Saber que as pessoas nem de perto são aquilo que você pensava e decepcionar dia-a-dia. Melhor não saber!
Saber que te resumem à sua aparência, julgam por apenas um erro e te rotulam com apenas uma palavra. Melhor não saber!
Saber que café vicia, saber que comer chocolate todo dia engorda, saber que tal doença destrói sua qualidade de vida, saber que você dorme de exaustão após chorar muito, saber o final do filme antes da hora... melhor não saber!
Eu prefiro viver ignorante quanto à existência de pessoas que não têm nada a oferecer, viver ignorante quanto ao rumo do que nunca me pertenceu, desconhecer um pretérito perfeito. Prefiro o incomparável, prefiro não ser resumida a um conceito insolente. Enfim, por isso e por tantos outros motivos, é melhor não saber.
0 comments:
Post a Comment