Enquanto isso, no Mundo de Sofia...




“Se um bebezinho pudesse falar, na certa ele diria alguma coisa sobre o novo e estranho mundo a que chegou. Pois apesar de a criança não saber falar, podemos ver como ela olha ao seu redor e quer tocar com curiosidade todos os objetos que vê.
Quando vêm as primeiras palavras, a criança pára e diz: “Au! Au!” toda vez que vê um cachorro. Podemos ver como ela fica agitada dentro do carrinho e movimentar os bracinhos dizendo “au, au, au!” Para nós, que já deixamos para trás alguns anos de nossas vidas, o entusiasmo da criança pode parecer até um tanto exagerado. “Sim, sim, é um au-au”. Não ficamos muito entusiasmados, pois já vimos outros cachorros antes.
Esta cena insólita talvez se repita algumas centenas de vezes, até que a criança passe por um cachorro, ou por um elefante, ou por um hipopótamo sem ficar fora de sim. Mas muito antes de a criança aprender a falar corretamente- ou muito antes de ela aprender a pensar filosoficamente, ela já se habituou com o mundo. “

Texto extraído de O mundo de Sofia, de Jostein Gaarder.


Quando li esse trecho pela primeira vez, ele me fez pensar muito. Por isso mesmo após anos desde a última leitura do livro, ainda me recordo. 

Vou deixar que pensem nisso!

 
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